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Religioso,

quando Deus desiste do sacerdote

Levita ou primogênito?

 

Procure entender os fatos narrados na Bíblia, a fim de saber em que situação espiritual você se encontra.

Deus Escolheu Abraão e prometeu se-parar e abençoar a sua descendência, para que através deles fosse toda a raça humana também abençoada. O tempo foi passando e a família escolhida veio a ser a descen-dência (toda) de Jacó, a quem Deus deno-minou o povo de Israel. Em princípio Deus determinou que todos de Israel fos-sem sacerdotes (Ex.19:6), ou seja, tives-sem o privilégio e a responsabilidade de se chegarem a Deus para interceder pelo res-tante da humanidade. O povo todo de Is-rael, amedrontado pela presença de Deus (Ex.20:19-21), abdicou desse privilégio e preferiu ficar de longe, esperando que Deus designasse Moisés e outros para se-rem sacerdotes.

Quando Deus tirou o seu povo de Israel do Egito, matou todos os primogênitos de lá e consagrou para Si todos os primogê-nitos de cada família em Israel (Ex.22:29 e Nm.3:13). Eles seriam os sacerdotes. Um plano bem arquitetado, para abençoar cada família, esperando que todas as famílias em Israel pudessem ser santas. Mas o plano também não deu certo, porque todos os pri-mogênitos se omitiram em se apresentar a Deus e Ele desistiu de fazer todas as famí-lias funcionarem no sacerdócio. Foi quando Deus separou a tribo de Levi (até então eles se tinham mostrado santos- Ex.32:25-29) e a tomou para sacerdotes em lugar dos primogênitos (Nm.3:12), que fo-ram rejeitados para o sacerdócio, vindo a ser contados como o restante do povo.

Essa mudança nos planos de Deus, bem como outras narradas na Bíblia, se deu em função da atitude do Seu povo. E o mesmo continua a acontecer até nossos dias. Como Deus estabeleceu em toda a criação que o homem (criado à Sua imagem e semelhança) tivesse participação em toda a História da humanidade, essa aparente mudança de planos d’Ele se dá devida às falhas humanas, sem, contudo, alterar os Seus desígnios de benignidade (1Tm.2:4).

Para nós a diferença entre o sistema de sacerdócio levítico e o primogenital é to-tal. Significa a diferença entre o Antigo e o Novo Testamentos, ou a diferença entre re-ligião e Reino de Deus. Por desconhecer esses princípios bíblicos, muitos acabam edificando uma religião ao invés de edi-ficar o corpo de Cristo. Exemplos bem claros disso são os fariseus e o catolicismo romano. Ambos começaram bem. E termi-naram em religião somente. Mas não estão sozinhos...

Em nosso meio evangélico, podemos perceber também claramente a diferencia-ção entre “clérigos” e “leigos”. Quando não deveria ser assim. Em Cristo todos de-veriam ser santos, ou seja, separados para Deus (Gl.3:28). Em Cristo todos deve-riam ser sacerdotes (1Pe.2:9), como os primogênitos. Mas na prática, o que há nas igrejas são na maioria cristãos carnais, que não têm vida espiritual própria, depen-dendo de outros para serem sacerdotes a seu favor, que são os “clérigos” da igreja, os profissionais da religião (obreiros, pas-tores, líderes, cantores, ministros, missio-nários, etc.). Um sistema religioso profis-sional, organizado como uma empresa reli-giosa, em geral é o de que o povo gosta mais e são as denominações que “dão certo”, ou fazem sucesso.

A consequência de o povo evangélico retroceder, como os gálatas, para um sis-tema meramente “religioso” (o que se vê

hoje) é que, como povo, torna-se sal insí-pido para a nação. Em sua esmagadora maioria, os evangélicos não sabem nem di-zer a razão da sua fé. Também são incapa-zes de interceder pela sua nação e não per-cebem nada das ações de Satanás em seu meio. Os evangélicos acabam se mistu-rando com os demais, tornando-se apenas números na multidão, correndo atrás de di-nheiro e interesses materiais.

A única diferença dos demais é que no domingo eles vão à igreja, para ratificar a sua religiosidade. E conti-nuam a depender em tudo de “seus sacer-dotes”. E Deus olha tudo isso com imensa tristeza, como fez no Monte Sinai.

 

Pr. Érico Rodolpho Bussinger

Ramá – Niterói

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