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ESTUDO BÍBLICO

 

                                                               O Evangelho Genuíno
 
Prefácio
 1- Definição
 2- Objetivo
 3 - Características do Evangelho genuíno

3.1 - Amor

3.2 - Fundamentado nas Escrituras

3.3 - Movido pelo Espírito Santo

3.4 - Jesus como fundamento

3.5 - A vida de Jesus como exemplo de prática

3.6 - O Evangelho genuíno causa divisão

3.7 - O Evangelho genuíno gera perseguição
 4 - Pilares do evangelho genuíno 

4.1 - Fé

4.2 - Arrependimento

4.3 - Confissão

4.4 - Frutos de Arrependimento - obras

4.5 - Graça

4.6 - Santidade

4.7 - Renúncia

4.8 - Senhorio de Cristo

4.9 - Comunhão

4.10 - Testemunho

4.11 - Discipulado

4.12 - Esperança da Glória
 5 – Epílogo  
 

Prefácio
 
     O objetivo desse estudo é trazer uma definição pura e simples do que é o evangelho genuíno. Vivemos os últimos dias. Tempo em que os valores foram trocados: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem chamam mal; fazem da escuridade luz, e da luz escuridade; põe o amargo por doce, e o doce por amargo” (Is.5:20). Falsos profetas e falsos cristos têm se levantado: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito, antes, provai os espíritos se procedem de Deus, pois muitos falsos profetas têm se levantado mundo a fora” (1Jo.4:1). “Nem todo que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: nunca vos conheci, apartaivos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt.7:21-23). “Quando no vosso meio se levantar profeta ou sonhador, e vos anunciar algum sinal ou prodígio, e suceder o sinal ou o prodígio que te houver anunciado, e vos disser: vamos e sirvamos a outros deuses, que não conhecestes. não ouvirás as palavras deste profeta ou sonhador; porque o Senhor, vosso Deus vos prova para saber se amais o Senhor vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma (Dt.13:1-3). Deus permite, falsos líderes,  falsos profetas, e até mesmo que determinados líderes, profetizem, façam milagres e expulsem demônios, para provar o seu povo, para saber se o seu povo O ama e não seguirá esses líderes, mesmo que façam milagres; pois o próprio Satanás, se disfarça para enganar: “e não é de se admirar, pois próprio Satanás se transforma em anjo de luz; e os seus ministros em ministros de justiça”  (2Co.11:14,15)           

    O evangelho também tem passado por essa mudança (engano, contaminação); muitos têm adulterado, falsificado o evangelho para agradar a homens e obter lucro. É o que chamo de evangelho humanista, que tem o objetivo de satisfazer o “eu” do  homem.  Esse falso evangelho oferece  aquilo  que  deseja  o coração  do homem, por isso, faz tanto sucesso; o coração dos homens deseja algo que lhes satisfaça às suas vontades e desejos, e não um evangelho que lhes mande renunciar a si mesmo. “Eles dizem aos videntes: não tenhais visões; e aos profetas: não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões” (Is.30:10). “Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos ouvidos; e se recusarão dar ouvidos a verdade, entregando-se à fábulas” (2Tm.4:3,4). Embora, o evangelho não tenha o objetivo de satisfazer os desejos do homem, o evangelho genuíno veio por causa do grande amor de Deus, e para trazer esperança ao homem, que estava caído e condenado por causa de seus pecados; pois todos pecaram, e todos estavam condenados. “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3:23). “Porque o salário do pecado é a morte (Rm.6:23a). Por isso (porque o homem estava condenado), Jesus se entregou para ser morto em nosso lugar, pagando a nossa dívida e nos concedendo a salvação por sua maravilhosa Graça. “O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus” (Rm.6:23b). Esta é a mensagem pura e simples do evangelho genuíno; confirmada pelo apóstolo Paulo: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores; dos quais eu sou o principal” (1Tm.1:15). Vamos apresentar neste estudo, características e pilares do genuíno evangelho:
 
    Características - peculiaridades que existem e são imprescindíveis para se reconhecer o genuíno Evangelho. Pilares - estruturas (a prática da vida cristã) estabelecida sobre o fundamento: Jesus, que
dá sustentação às demais partes da construção. Sem esses pilares (essas estruturas, ou seja, a prática desses princípios), a vida crista não se desenvolve, ou pior, se destrói.  

 

    Pr. Luís Henrique S. F. Carius Ramá – Petrópolis – RJ
 

 

                                                           O Evangelho Genuíno – Parte: II
 
1- Definição   

     Evangelho = Boas novas de Salvação. Evangelho é a mensagem de salvação do iminente juízo de Deus que virá sobre a terra, e da condenação eterna do homem pecador. Evangelho, não é uma mensagem de bênção ou prosperidade; mas a mensagem de esperança de absolvição (por meio do sacrifício de Cristo) do homem que já está condenado. “O que tem o Filho tem a vida, o que todavia, se mantém rebelde contra o Filho, não tem a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo.3:36). O evangelho (quando se crê) é o meio pelo qual Deus salva o homem condenado, por meio de Jesus, que, através de Sua morte na cruz, paga por todo seu pecado, cancelando sua dívida e consequentemente a sua condenação.    

     Genuíno = Aquilo que é verdadeiro, original, legítimo; aquilo que não sofre alteração, falsificação; sem mistura. Evangelho genuíno, é a mensagem verdadeira, que não sofreu alteração, falsificação ou mistura. Evangelho genuíno é a mesma mensagem pregada por João Batista, por Jesus, e pelos apóstolos há dois mil anos atrás. Evangelho genuíno, é a mensagem simples e pura, sem enfeites ou “glamour”. “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astucia, assim também, as vossas mentes sejam corrompidas, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2Cor.11:3). Evangelho genuíno é a mensagem de salvação da condenação, que não tem o objetivo de agradar a homens, mas de salválos da condenação eterna. “Procuro eu o favor de homens ou de Deus, ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda homens, não seria servo de Cristo” (Gl. 1:10). “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, mas a Deus que prova os nossos corações” (1Ts.2:4).

     Enfim, o evangelho genuíno foi movido pelo grande amor de Deus, não para lhe satisfazer os desejos aqui na terra, mas para salvar a sua alma do juízo de Deus, que em breve virá sobre a terra, e a da condenação eterna. Bem como, lhe conceder bênçãos inimagináveis por toda a eternidade. A escolha é sua: o falso evangelho, que satisfaz o seu “eu”, mas o faz perder a eternidade, ou, o evangelho genuíno, que crucifica o seu “eu” fazendo você perder esta vida, mas ganhar a vida eterna e glória pelos séculos dos séculos.   
 

2- Objetivo
 
      O objetivo do evangelho genuíno, é a salvação do homem por meio de Cristo e mediante arrependimento. “Ouvindo eles estas coisas (o genuíno evangelho), compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: que faremos irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos...” (At.2:37,38a). “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados...” (At.3:19a).
      O evangelho não é um meio para se obter bênçãos ou prosperidade. O evangelho genuíno leva o homem ao arrependimento de seus pecados, concedendo-lhe remissão de pecados: “Tomai, pois, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste (Jesus)” (At.13:38). Por meio do evangelho temos a remissão de pecados, que nos livra do juízo vindouro e da condenação eterna.           

     Todos os pecados, todas as transgressões, todas as injustiças, serão castigados, o juízo de Deus estabelecerá justiça, não somente no milênio, mas por tudo que foi praticado desde a fundação do mundo. “Deus há de trazer a juízo, todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Ecl.12:14).         

     Atualmente, Deus faz alguns juízos na terra, mas não é o juízo final. O juízo final está DETERMINADO: “Porque uma destruição, e essa já determinada, o Senhor, o Senhor dos Exércitos, a executará no meio de toda a terra” (Is.10:23). “Jurou o Senhor dos Exércitos, dizendo: como pensei, sucederá, e, como determinei, assim se efetuará” (Is.14:24). “Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem, pois, o invalidará? a sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?”  (Is.14:27). O juízo final se dará a partir da segunda parte da grande tribulação, culminando com o “grande e final juízo do trono branco”, descrito em Apocalipse. “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram o a terra e o céu...vi também os mortos, os grandes e pequenos, postos em pé diante do trono...deu o mar os seus mortos que nele havia. a morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados um por um, segundo as suas obras” (Ap. 20:11a, 12a, 13a). O juízo virá sobre a terra: “Os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, estão entesourados para o fogo; reservados para o Dia do Juízo” (2Pe.3:7a). E, sobre todos os homens: “...e da destruição dos homens ímpios” (2Pe.3:7b). Serão dias de trevas e grande sofrimento, dias de juízo sobre a terra e sobre os homens: “Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que seja abatido” (Is.2:12). “Naqueles dias, os homens se meterão nas cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do Senhor e a glória de sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra” (Is. 2:19). “Eis que vem o Dia do Senhor, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores” (Is.13:9). “Porque naquele tempo, haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo não tem havido nem haverá jamais” (Mt.24:21). “Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não acharão; também terão o ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles” (Ap. 9:6). O OBJETIVO do genuíno evangelho é: pregar arrependimento para livrar o homem desse terrível juízo que virá sobre toda a terra e sobre todo homem; bem como, para levá-lo para a glória eterna, preparada para os santos.

     O genuíno evangelho nos conduz a ver (crer) que o juízo está se aproximando, e não acumular tesouros na terra, mas nos céus: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e o ferrugem corroem, e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde a traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque onde estiver o teu tesouro, ali estará também o teu coração” (Mt.6:1921). O genuíno evangelho coloca o nosso coração nas coisas que são do alto, e não nas coisas que são da terra. “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; pois, as que se veem são temporais, as que não se veem são eternas” (2Cor.4:18). “Ora, se ressuscitastes juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado a direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Cl.3:1,2). “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida se manifestar, então, vós também serão manifestados com ele em glória” (Cl.3:3,4). “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a essa vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Cor.15:19).

     Portanto, o OBJETIVO do genuíno evangelho é oferecer perdão dos pecados por meio de Cristo, e mediante arrependimento. Como também, o livramento do juízo e da condenação eterna, lhe oferecendo a vida eterna. “Para aguardardes do céu a seu Filho, a quem ele ressuscitou dos mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1Ts.1:10).
 
    Pr. Luís Henrique S. F. Carius Ramá – Petrópolis – RJ

 

 

 

 

O Evangelho Genuíno  Parte: III 
 

3- Características do Evangelho genuíno    

Característica - Definição: Aquilo que é capaz de caracterizar, especificar, determinar ou qualificar alguém ou alguma coisa. Ou seja, as características, nos ajudam a definir o Evangelho genuíno e a identificar o falso evangelho. 
 

3.1 - Amor  
 
O amor do Pai 
 
         O Evangelho genuíno, é a manifestação da essência de Deus: o Amor; pois: “...Deus é amor” (1Jo.4:8b)
 Deus, que é o próprio amor, obviamente, foi quem mais amou. Deus manifestou esse amor, por meio da entrega de seu Filho Amado, para morrer em nosso lugar. E, por meio do Evangelho genuíno, que é a mensagem do sacrifício de Jesus na cruz do calvário em nosso lugar, permite a todo aquele que crê, seja salvo em Cristo Jesus, recebendo o perdão dos pecados, sendo justificado, e recebendo a vida eterna.           Sem amor, não há Evangelho; o Evangelho é a manifestação do amor:        “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna” (Jo.3:16).          

 

O amor do Filho 
 
          Jesus, o Filho de Deus, se entregou por amor, para morrer em nosso lugar, por causa dos nossos pecados. Ninguém lhe tirou a vida, Ele, voluntariamente a deu (entregou) por amor: “Ninguém a tira de mim, eu de mim mesmo a dou...” (Jo.10:18a).          

        Jesus, entregou a sua vida por amor: “Ninguém tem maior amor do que esse, de dar alguém a sua vida em favor de seus irmãos” (Jo.15:13).          

        Deus, o Pai, amou, e deu o que mais precioso tinha, seu Filho amado; o Filho, amou, e deu a própria vida, para que houvesse oportunidade de salvação para o homem, por meio do Evangelho genuíno.

            Sem o amor de Deus, sem o amor do Filho (nosso Senhor Jesus Cristo), não haveria Evangelho e a oportunidade de salvação. Quero, porém destacar que, essa primeira característica do Evangelho genuíno, o amor, tem na sua essência o “dar”.  Deus amou e deu seu Filho Jesus (o Filho), amou e deu a sua vida.

         Se, o Pai amou, e por isso, deu seu Filho; e, se, o Filho amou, e por isso, deu a sua vida; conclui-se que, aquele que recebe o Evangelho genuíno, dará, aquilo que de mais precioso tem: a sua vida por outros, como o fez o Pai e o Filho.

        O Evangelho genuíno é a essência de Deus: o amor. Amor, que tem como manifestação: dar, entregar.

       Portanto, quem recebeu o genuíno Evangelho, necessariamente, tem que amar, se alguém não ama, não conheceu a Deus, nem o Evangelho genuíno.

           Se alguém não ama, a sua religião é vã, mesmo que faça atos religiosos de aparente bondade. “Ainda que eu distribua os meus bens aos pobres, e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (1Cor. 13:3). “Nisto conhecemos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça, não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão” (1Jo.3:10). Quem recebeu o genuíno Evangelho, ama: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo.13:35). “Nós sabemos que passamos da morte para vida, se amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão, permanece na morte” (1Jo.3:14).           Receber o genuíno Evangelho é receber o amor de Deus. E, quem recebe o amor de Deus, vai amar, e a manifestação desse amor, será dar, entregar a sua vida a Deus, e em favor de outros.

           Jesus, nos deixou o exemplo a seguir, e o apóstolo Paulo, corrobora com essa verdade: “Porque ele morreu por todos, para que os que vivem, não vivam mais para si mesmo, mas por aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2Cor. 5:15). “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1João 3:16).

          Obviamente, quando falamos em amar e dar a vida pelos irmãos, estamos falando em ganhar almas, pois, como vamos dar a vida por quem não ganhamos para Cristo.

          Precisamos cumprir o IDE de Jesus (Mc.16:15), para ganharmos as almas, e,  Se depois, discipularmos (amarmos) aqueles que ganhamos (Mt. 28:19). 
 
Pr. Luís Henrique S. F. Carius Ramá – Petrópolis – RJ

 

 

 

 O Evangelho Genuíno  Parte: III 
 

3- Características do Evangelho genuíno    

3.2 – Fundamentado nas Escrituras  
 
    Uma das grandes artimanhas do inimigo em nossos dias é distorcer (contaminar) o genuíno Evangelho para torná-lo mais atrativo para os homens, todavia, sem eficácia quanto a salvação. Satanás não se preocupa em retirar as pessoas das denominações (templos), pelo contrário, ele quer encher os templos e agradar os homens com um evangelho humanista e cheio de aparência para satisfazer os desejos do coração do homem.                

    O apóstolo Paulo, não criava programações (distrações) agradáveis para ajuntar pessoas em templos; Paulo pregava a verdade, mesmo que essa verdade não agradasse a multidão.

    A pregação de Paulo era muito simples e objetiva: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Cor. 2:2). “A minha palavra e a minha pregação não consiste em linguagem persuasiva de sabedoria” (1Cor. 2:4a).A pregação de Paulo, era fundamentada na verdade das Escrituras, e não para agradar a homens. “Procuro eu o favor de homens ou de Deus? ou procuro agradar a homens? se agradasse ainda homens não seria servo de Cristo” (Gl.1:10). “Visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, mas a Deus que prova os nossos corações. Porque como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve pretexto de avareza; Deus é testemunha” (1Ts.2:4,5).      

    Um líder que fala a verdade, e não tem interesse financeiro, vai pregar a verdade, que muitas vezes não agrada aos homens. Pelo contrário, essas verdades vão confrontar o “eu”, e muitas vezes, até mesmo, ferir por amor. “Leais são as feridas feitas pelo que ama, mas os beijos de quem odeia, são enganosos” (Pv.27:6).         Jesus, muitas vezes, era duro com aqueles que o ouviam, mas o fazia por amor, para que, ouvindo a verdade, se convertessem verdadeiramente a Deus. Com certeza, as palavras de Jesus, em algum momento, confrontaram (feriram) as pessoas, mas eram feridas de quem é leal e fala a verdade com amor, na esperança de que haja uma conversão verdadeira. Judas, por sua vez, traiu a Jesus com um beijo.                      Paulo, não ficava bajulando ou distribuindo cargos para atrair ou manter as pessoas ao seu lado, muito menos suas pregações tinham algum interesse financeiro.              

    No fim dos tempos (e já estamos vivendo esses tempos), diz a Palavra de Deus que surgiriam falsos cristos e falsos profetas. A mensagem deles, obviamente, é uma mensagem agradável e dissimulada para enganar as pessoas. “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas...” (Mt.24:24a). “Amados, não deis crédito a todo espírito, mas provai os espíritos se procedem de Deus; pois muitos falsos profetas têm saído mundo fora” (1Jo.4:1). Esses falsos líderes enredam, com artimanhas, muitos com o falso evangelho; na verdade, o evangelho que pregam são ventos de doutrinas, fábulas e filosofias humanistas. “Cuidado, ninguém venha vos enredar com a sua filosofia e vãs sutilezas; conforme a tradição de homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl.2:8). “Para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para o outro, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef.4:14).              

    Devemos estar vigilantes e atentos às Escrituras, como faziam os Bereanos, que examinavam tudo o que era pregado, até mesmo as palavras do Apóstolo Paulo. “Os Bereanos eram mais nobres do que os Tessalonicenses, pois com toda a avidez receberam a palavra de Deus, e examinavam as escrituras todos os dias, para ver se as coisas eram de fato assim” (At.17:11).            

    Portanto, o Evangelho genuíno é fundamentado nas Escrituras, que descrevem o sacrifício de Jesus (pelo qual somos salvos), e a sua vida.  Bem como, a vida dos discípulos, para nos servir de exemplo. Não se iluda com um evangelho de facilidades e entretenimento religioso. “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva, assim sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e purezas devidas a Cristo” (2Cor.11:3).            

    O genuíno Evangelho é baseado nas Escrituras Sagradas, e não em novidades de visões, ou novas revelações, ou novas estratégias. O Evangelho genuíno é puro e simples, como pregava Jesus e os apóstolos. 

Pr. Luís Henrique S. F. Carius Ramá – Petrópolis – RJ 

O Evangelho Genuíno Parte: III 3

 

    Características do Evangelho genuíno 3.5 – A vida de Jesus como exemplo de PRÁTICA Jesus é o maior exemplo (modelo) para o cristão, e a sua vida o maior exemplo de PRÁTICA para o cristão. Jesus nos trouxe a salvação por meio da PRÁTICA do amor, vivendo (praticando a justiça), e se entregando por nós para morrer na cruz em nosso lugar. O amor de Jesus foi prático e não teórico ou da “boca pra fora”. Jesus viveu (praticou o amor).

    A vida cristã genuína é baseada na PRÁTICA. A PRÁTICA (as obras) é a consequência do conhecimento (revelação) do genuíno evangelho. A PRÁTICA é o fruto de um verdadeiro arrependimento.

    João Batista ficou indignado com os religiosos que achavam que apenas crer (e um arrependimento superficial) era o bastante: “E, vendo ele muitos dos fariseus e saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt.3:7,8).

    A exortação é: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg.1:22). Ouvir a palavra de Deus com reverência e temor é algo muito bom, mas não é o bastante, tem que praticar: “Todo aquele, pois, que ouve as minhas palavras e a pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha; caiu a chuva, transbordaram os rios e sopraram os ventos, e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. Todo aquele, pois, que ouve as minhas palavras e não as pratica, será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos, e deram com ímpeto sobre aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (Mt.7:24-27).

    A mornidão espiritual é caracterizada por Jesus, pela falta de obras: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente, mas és morno; quem deras fosses frio ou quente! Assim porque és morno, e não és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te da minha boca” (Ap.3:15,16). “Tenho contra ti que abandonastes o teu primeiro amor; arrepende-te, lembra onde caíste e volta as práticas das primeiras obras” (Ap.2:4-5a).

    Ainda em Apocalipse, as vestes dos santos salvos, são descritas como atos (obras) de justiça: “O linho finíssimo, que são os atos de justiça dos santos” (Ap.19:8). Sem a PRÁTICA (as obras) a fé é inoperante; crer, até os demônios creem: “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem, até os demônios creem, e estremecem” (Tg.2:19).       Sem a PRÁTICA (as obras), a fé é sem efeito: “Porque assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta (Tg.2:26). Jesus nos deixou o exemplo, ele fez e depois ensinou a fazer. “Escrevi, o primeiro livro, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At.1:1). Jesus fazia (praticava) e depois ensinava a fazer, a praticar. Jesus, não chamou ninguém para assistir reuniões. Jesus chama os homens para segui-Lo: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome cada dia a sua cruz, e siga-me (Lc.9:23). Jesus nos chama a segui-Lo, ou seja, viver como Ele viveu, praticando o amor e a justiça; bem como, pregando o evangelho: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc.16:15). “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt.28:19). Os Tessalonicenses se tornaram modelos para todos os cristãos, porque a sua fé era PRÁTICA: “Pois lembramos, na presença do nosso Deus e Pai, como vocês puseram em prática a sua fé” (1Tes.1:3ªNTLH). “Vos tornastes modelo para todos os crentes” (1Tes.1:7a).

    O critério usado em Mateus 25 para o julgamento é baseado em obras: “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era estrangeiro e me hospedaste, estava nu e me vestiste” (Mt.25:34-36a).

    Vivemos um tempo de muita informação, inclusive religiosa. Isto, na minha opinião, influenciou os cristãos de nossos dias, que se tornaram cristãos teóricos e não práticos. Sabem (conhecem muito) praticam pouco. Esse “saber” os ensoberbece e impede a PRÁTICA do amor do genuíno evangelho: “O saber ensoberbece, o amor edifica” (1Cor.8:1b). O conhecimento torna o cristão soberbo e orgulhoso impedindo-o de se tornar um servo dos irmãos; pelo contrário, o conhecimento os leva a discussões e divisões. O apóstolo Paulo, como imitador de Jesus que era, abriu mão do conhecimento, para servir; e deixou essa orientação a seus discípulos: “E tu ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando falatórios inúteis e profanos, e as contradições do saber, porque alguns professando-o se desviaram da fé” (1Tm.6:20,21). “Evita discussões insensatas, genealogias, contendas, debates sobre a lei; porque não tem utilidade e são fúteis” (Tt.3:9). Jesus repreendeu duramente os doutores da lei que, ao invés de servir, se diziam donos do conhecimento, mas eles mesmos não praticavam o que se sabiam, e pior, atrapalhavam outros a praticarem: “Ai de vós, doutores da lei, porque tomastes a chave da ciência, contudo, vós mesmos não entrastes e impedistes outros de entrarem” (Lc.11:52).

    Jesus não nos chamou para ensinar teoricamente, mas a servir e ensinar outros a servirem, como seu Mestre: “Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt.20:28). Jesus chamou seus discípulos para estarem com Ele, verem Ele servir (praticar), e depois os enviou a servir: “E, nomeou doze para que estivessem com ele, e os enviasse a pregar” (Mc.3:14). “E depois disto designou o Senhor outras setenta, e mandou-os adiante dele” (Lc.10:1a). O objetivo do discipulado (a vida=PRÁTICA) de Jesus era que seus discípulos aprendessem a servir (praticar) e fazer outros discípulos. A vida de Jesus nos ensina que é necessário PRATICAR: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg.1:22).

 

Pr. Luís Henrique S. F. Carius Ramá – Petrópolis – RJ


 

 

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