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O MUNDO MODELANDO A IGREJA HOJE

DEUS CONDENA PEDIR UM REI
 
    Em uma determinada época da história bíblica, os israelitas resolveram querer e pedir a Deus um REI, como as outras nações. O aspecto mais significativo disso é que Deus, mesmo contrariado, atendeu o povo e lhe concedeu o que queria.

    Em 1Sm.12 encontramos o profeta Samuel, que acumulava também as funções de sumo-sacerdote, juiz e líder civil, convocando o povo de Israel para uma Assembleia Geral. É sempre interessante como Deus gosta de fazer todas as suas decisões conhecidas de público. Para isto mandou seu servo, o profeta Samuel, convocar aquela Assembleia de todo o povo de Israel. Deus já havia decidido atender o povo, que O rejeitava, e delegou ao seu enviado, o profeta Samuel, o estabelecer um rei, como o povo queria. O critério foi o sorteio. Primeiro por tribos, depois por grandes famílias, as famílias menores e por fim, a própria pessoa que haveria de ocupar o trono. A sorte saiu para SAUL, a quem Deus já havia revelado, bem como preparado. Saul era o melhor em Israel para ocupar aquela posição. E havia inclusive já sido ungido e empossado. A mencionada Assembleia Geral foi convocada por Samuel, em nome do Senhor, quando Saul já tinha sido empossado como Rei. A Assembleia Geral aconteceu quando Samuel já estava com a cabeça mais fria e o povo também.

    O assunto da Assembleia foi a consequência para o povo do fato de ter preferido um Rei humano. Samuel lembrou que, desde o Egito, Deus sempre operou a favor do Seu povo de Israel, mesmo sem que eles tivessem um rei humano. A fidelidade de Deus a favor do Seu povo nunca falhou e o povo de Israel sempre teve todos os livramentos e vitórias necessários. O último dos líderes levantados por Deus foi exatamente Samuel. E ele perguntou ao povo: “Em que eu falhei? Onde eu errei? Em que eu, como líder, defraudei alguém? A resposta, evidentemente, foi que ninguém poderia reclamar de Samuel por qualquer motivo. Mas apesar disso eles queriam um rei humano!

    O povo de Israel não queria só um rei, visto que o rei poderia ser o próprio Samuel. Eles queriam um outro, como também queriam um Reino, um palácio, exércitos e aparência, como os outros povos tinham. Na verdade, eles estavam rejeitando o modelo de Deus e o próprio Deus. E isso precisava ficar claro. E Deus levou o profeta Samuel a deixar isto claro para o povo, naquela Assembleia.

    A natureza de Deus é de santidade. Ele é santo. E determinou que quem seja d’Ele também seja santo. Não há possibilidade de se pertencer ao Senhor e não se ser santo.  Santo quer dizer SEPARADO. E era exatamente o contrário que o povo de Israel queria. Eles desejavam ser como os outros povos. E Deus queria separar o Seu povo dos outros povos. Santidade é isso (Lv.20:26 e Nm.15:40). E hoje não é diferente. Deus deseja ver a Sua noiva separada dos padrões do mundo. A ordem de santidade continua no Novo Testamento (Ef.1:4 e 1Pe.1:16).

    Em que o povo de Deus deve ser diferente e separado do mundo hoje?

    Os valores que regem o mundo precisam ser identificados: aparência, fama, poder, glória, riquezas etc. Tudo visível.  Parece que é o que as igrejas estão buscando. Mas o chamado de Deus em Jesus é totalmente o contrário. O povo de Deus é chamado hoje para ser “sal da terra” (Mt.5:13). O sal nunca aparece. Ele se dissolve influenciando a comida, sem aparecer.  O povo de Deus é chamado para ser “fermento” (Mt.13:33), igualmente influenciando o ambiente à sua volta (toda a massa). Ninguém vê o fermento no pão. O povo de Deus deve fugir da PUBLICIDADE, como seu MESTRE (Mt.12:16). O povo de Deus não precisa de grandes templos para influenciar a cidade. Na Igreja Primitiva foi assim. Por 300 anos os cristãos não tiveram um templo sequer. O Evangelho não precisa de dinheiro para se espalhar. O Evangelho é o próprio “PODER DE DEUS para salvação...” (Rm.1:16). Os cristãos não dependem da POLÍTICA para cumprir a Sua missão. Os lugares onde a missão do Evangelho tem apresentado melhores resultados é exatamente onde eles são “odiados” pela política dominante. Desde os tempos do Império Romano foi assim. O povo de Deus não depende dos recursos humanos nem de organizações humanas para prosperar. O EVANGELHO tem uma força intrínseca.

    Pedir um Rei é querer ser como o mundo hoje.

    Ao final da Assembleia, após pedir como sinal de reprovação, que Deus manifestasse Seu poder com grande chuva e trovões sobre o povo naquela Assembleia, Samuel concluiu seu “SERMÃO” com a afirmação bem clara de que DEUS, apesar do erro do Seu povo em pedir um rei humano, não deixaria de lhe ser benigno. Apesar do Rei, Deus estaria sempre pronto a abençoar Seu povo. O melhor, entretanto, teria sido Israel ter como Rei somente o seu Deus e fazer a Sua vontade. O modelo de Deus é sempre o melhor, embora a Igreja hoje também tenha preferido “reis humanos”. 

    Para nós hoje aquela lição é por demais preciosa: Apesar de nossas escolhas erradas no passado, e que podem inclusive ser irreversíveis, Deus estará sempre pronto a nos abençoar. Apesar das igrejas quererem em nossos dias “se organizarem” nos moldes do mundo, Deus estará sempre pronto a abençoar. Por isso devemos sempre buscá-lo, em qualquer situação ou em qualquer denominação. Com Rei humano ou sem ele (o que é melhor) Deus estará sempre pronto a nos abençoar. Com Rei ou sem ele DEUS CONTINUA SENDO DEUS.

    Na eternidade, porém, a diferença se verá.  Melhor é querer hoje o que Deus quer! Entenda.       

 

 

Pr. Érico R. Bussinger   Ramá – Niterói - RJ

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