top of page

DISCIPULADO

é um tipo de

RELACIONAMENTO

 

O QUE É DISCIPULADO

 

Para Moisés, o conselho do sogro, de escolher anciãos que com ele dividissem a responsabilidade sobre o povo (Ex.18: 21-26) teve o respaldo divino (Nm.11:16), de forma que entendemos ser a delegação de responsabilidades bem vista aos olhos de Deus. O próprio governo do Rei Jesus adotará esse tipo de organização, quando uns receberão autoridade sobre 5 cidades, outros sobre 10 e assim por diante (Lc.19:17-19). Quanto a Israel, a organização do povo era bem clara (Dt.1: 13-15). Havia chefes de 1000, de 100, de 50, e de 10. Os príncipes de cada tribo eram os chefes de seus milhares. Não há dúvida de que o chefe de 50 tinha autoridade sobre 5 chefes de 10, em geral de sua família. Dessa forma as ordens de Deus aos líderes eram facilmente cumpridas por todos. Essa organização era bem tipicamente militar. Presumia a hierarquia e a disciplina. Qualquer rebelião aos chefes de família era ensejo de aplicação da lei marcial (a morte). Assim, os chefes eram obedecidos rigorosamente. E nada menos que isso poderia ser tolerado na intenção de manter firme a unidade de comando em todo o Israel. O próprio Deus aprovava essa organização militar e era chamado muitas vezes de “Senhor dos Exércitos”.

O discipulado, como opção de organização se opõe à democracia, na qual todos têm, perante a lei, igual direito de opinar sobre as decisões gerais. No discipulado as ordens vêm de cima. Na democracia as determinações provêm da maioria. Quem quiser, no sistema democrático, ter autoridade, deve fazer suas idéias conhecidas e influenciar o povo a apoiá-las, e com base nesse apoio recebido, tomar as deliberações cabíveis. Coré , Datã e Abirão não se conformaram com o sistema de governo e quiseram mudá-lo, via método democrático (Nm. 16). Arregimentaram o povo que com eles concordava e partiram para a ação. O resultado que colheram foi o juízo de Deus e a morte.

No discipulado parte-se do princípio de que as ordens vêm de Deus, através dos presbíteros (líderes), que são constituídos em autoridade máxima na localidade. Cada um deles repassa a orientação aos discípulos sob sua influência, e assim por diante, até que todo o povo tome conhecimento e obedeça às ordens recebidas. Não há lugar para discutir a validade das ordens. É possível discutir-se a forma de sua melhor aplicação, mas nunca a conveniência de seu cumprimento. À semelhança de Coré, Datã e Abirão, seria isso uma afronta a Deus e aos seus ungidos.

A diferença básica entre o regime militar ou a organização israelita, e o discipulado cristão, é que, naqueles sistemas, os chefes são designados, nomeados ou estabelecidos, enquanto no discipulado o discípulo se submete espontaneamente ao seu mestre, pelo reconhecimento nele da autoridade divina. E assim, no discipulado não há tensões, ou motivos para rebelião e insatisfação. Qualquer incompreensão que haja é explicada por quem tem autoridade e assim facilmente compreendida. Em caso de disciplina ela é aplicada com amor, podendo alcançar resultados positivos.

O discipulado permite ainda o melhor conhecimento das necessidades dos santos, bem como uma mais equilibrada divisão do trabalho na comunidade. O resultado total é um maior proveito por parte de todos, bem como uma maior potência evangelística e missionária na Igreja. Isso porque serão muitos mais a trabalhar na mesma direção.

Amém. Vamos entender... e praticar.

 

 

Pr. Érico Rodolpho Bussinger

Ramá - Niterói

240819-uTbUsOQtPDd4H.jpg
bottom of page